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L’interrogation, à l’heure de l’Anthropocène, sur les capacités résilientes des milieux habités est particulièrement significative des enjeux cruciaux de reconfiguration des territoires et des évolutions dans les façons d’envisager les relations des hommes entre eux et avec la nature. Les axes structurants de telles métamorphoses à l’œuvre passent par la rencontre de principes de réalité et d’imagination, tels des chantiers de ressourcement qui s’imposent : il s’agit de s’inscrire dans le devenir, non plus seulement de manière mythologique comme dans l’antiquité gréco-latine, mais en synergie avec les sciences du vivant, en conservant la double face du changement et de la persistance.

The question of how resilient inhabited spaces are in the Anthropocene illustrates very clearly the crucial elements involved in reshaping territories; it also shows how perceptions of the ways humans relate towards one another or towards nature have evolved. The axes structuring such ongoing metamorphoses imply that the principles of reality and imagination meet, opening onto essential forms of revitalization: what is now at stake is a future that is no longer considered in its mythological form, as had been the case in Ancient Greece or Rome, but which is seen as collaborating with life sciences while maintaining the double aspects of change and permanence.

Na era antropocénica, a questionação sobre as capacidades resilientes dos meios habitados tornou-se particularmente relevante para compreendermos, no âmbito das relações entre os homens e entre estes e a natureza, os desafios cruciais inerentes à reconfiguração dos territórios e das evoluções. Os eixos estruturantes destas metamorfoses impliquem que repensemos os princípios igualmente criadores da realidade e da imaginação: trata-se de inscrever-se no devir já não apenas de uma forma mitológica, como acontecia na Antiguidade greco-latina, mas em plena sinergia com as ciências da vida, conservando a dupla dimensão da mudança e da permanência.