Le cerveau hybride
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La question de l’origine de l’homme fascine. On attribue universellement l’origine de l’homme à des mutations aléatoires, au fil de millions d’années, qui ont produit des espèces animales soumises à la sélection naturelle. Progressivement, il en est résulté par le fruit du hasard un animal présentant des avantages : station debout, gros cerveau, petite mâchoire, face peu prognathe. Cependant, des recherches récentes montrent que les animaux sont des objets matériels, qui obéissent aux lois de la physique. Ces lois impliquent des contraintes qui canalisent les formes possibles. Vincent Fleury montre ici que, par le fait même que la vie procède par divisions cellulaires, une tendance existe vers des animaux à gros cerveau très fléchi, comme observé au cours de l’hominisation. Les êtres humains ne sont pas là uniquement par hasard : ils sont consubstantiels des lois de la physique et de la biologie.
The question of how human beings originated has always been a source of fascination. On a universal scale, their origins have universally been attributed to random mutations which, over millions of years, produced animal species subjected to natural selection. Progressively and quite by chance, the outcome was a type of animal presenting specific advantages such as an erect station, a big brain, a smaller, less prominent jaw. Recent research, however, shows that animals are material objects obeying to the laws of physics, and these imply constraints that channel the forms that the object may take. In this article, Vincent Fleury shows that life, proceeding by cellular division, tends to create animals with very large brains, as can be observed in the course of hominization. Human beings did not appear by chance but are constubstantial with the laws of physics and biology.
A fascinante questão da origem do homem é universalmente atribuída a mutações aleatórias ocorridas ao longo de milhões de anos que produziram espécies animais sujeitas à seleção natural. Gradualmente, e fruto do acaso, o processo resultou num animal que apresentava algumas vantagens: uma postura ereta, um cérebro grande, uma mandíbula pequena e um rosto ligeiramente proeminente. No entanto, investigações recentes mostraram que os animais são também objetos materiais que obedecem às leis da física. Estas leis produzem constrangimentos que moldam as formas possíveis. Neste artigo, Vincent Fleury mostra que, pelo próprio facto de a vida se processar por divisão celular, existe uma tendência para a formação de animais com cérebros grandes e muito flexíveis, como se observou durante a hominização. Os seres humanos não estão aqui por acaso: são consubstanciais às leis da física e da biologia.
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