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A explosão do voto ecologista no segundo turno das eleições municipais francesas em junho de 2020 (mesmo que convenha relativizá-lo em razão do baixo índice de participação) é, por certo, revelador das crescentes preocupações dos cidadãos do país europeu em relação às questões ambientais, notadamente ao aquecimento climático e à perda de biodiversidade, as quais transparecem igualmente na maioria dos trabalhos sobre “o mundo do futuro”. Seria o caso de associar essas preocupações à onda em favor do decrescimento econômico? Não é essa a opinião de Guillaume Benoit, que mostra aqui de que modo a terra, a água e a agricultura, para além de suas funções alimentares e socioculturais, podem cumprir um papel essencial na luta contra as mudanças climáticas e pelo desenvolvimento sustentável. O autor nos oferece uma demonstração dos inesgotáveis recursos que a natureza teria a fornecer caso lhe déssemos os cuidados adequados, indispensáveis para a resolução de muitos desafios a que são e serão confrontados nossos contemporâneos e seus descendentes. H. J.