TY - BOOK AU - Clímaco,Cristina TI - La résistance républicaine à la dictature militaire et à l’Estado Novo : les pratiques de la lutte clandestine (1926-1939) PY - 2023///. N1 - 69 N2 - La mise en place de la dictature militaire, le 28 mai 1926, fait basculer vers l’opposition les courants républicains, mais c’est la révolte de février 1927 qui devient l’évènement fondateur de la résistance à la dictature militaire, puis à l’ Estado Novo. Dès lors, l’opposition se partage entre l’exil et le territoire portugais, leur articulation ayant contraint à l’adoption de techniques de clandestinité. Toutefois, les révoltes républicaines de la fin des années vingt mettent en évidence le manque de préparation des républicains à la lutte clandestine, ainsi que l’amateurisme des conspirateurs. L’acquisition des pratiques et des réflexes inhérents à l’action clandestine et subversive se fait au gré du temps, au fur et à mesure que la police perfectionne ses méthodes de répression et que la survie de l’opposition dépend de sa capacité à se protéger. Le groupe des Budas est celui qui a le mieux intégré les pratiques de la clandestinité. Par le biais de parcours individuels, l’auteur suit l’apprentissage de la clandestinité par l’opposition républicaine et comment le secret et ses pendants (violation, dénonciation, mais aussi le resserrement des liens entre les gens qui le partagent) ont fourni des moyens de survie à l’opposition républicaine jusqu’à la Seconde Guerre mondiale; When the military dictatorship took over in Portugal on May 28, 1926, republican movements went into opposition, but the February 1927 revolt was what founded resistance to the dictatorship and then to the Estado Novo. Opposition then either went into exile or settled in inland Portugal, adopting techniques linked to underground movements. Yet republican revolts in the late 1920s revealed how unprepared republicans were to resistance fighting and how amateurish the conspirators were.With time, practices and reflexes inherent to subversive underground action developed as the police reinforced its repressive methods and as the survival of the opposition came to depend on its ability to protect itself.The Budas group was the one best able to adopt clandestine practices. Studying individual lifetracks, the author of this article follows the ways in which the republican opposition learnt to live underground, and how secrecy and its counterparts (such as violating a secret, turning people in, as well as creating bonds between the people sharing a secret) allowed the republican opposition to survive until World War II; A instauração da ditadura militar, a 28 de Maio de 1926, arrastou as correntes republicanas para a oposição, mas foi a revolta de Fevereiro de 1927 que se tornou no acontecimento fundador da resistência à ditadura militar e, posteriormente, ao Estado Novo. Esta revolta leva a oposição a dividir-se entre o exílio e o interior do país, tendo a sua articulação obrigado à adoção de técnicas especificas à clandestinidade. No entanto, as revoltas republicanas do final da década de 1920 evidenciam a falta de preparação dos republicanos para a luta clandestina, bem como o amadorismo dos conspiradores. As práticas e os reflexos inerentes à acção clandestina e subversiva foram sendo adquiridos com o tempo, à medida que a polícia aperfeiçoa os métodos de repressão e que a sobrevivência da oposição depende da sua capacidade a se proteger. O grupo dos Budas foi o que melhor integrou as práticas da clandestinidade. Através de percursos individuais, o autor acompanha a aprendizagem da clandestinidade pela oposição republicana e veremos como o segredo e as suas contrapartidas (a violação, a denúncia, mas também o estreitamento de laços entre as pessoas que o partilham) proporcionaram à oposição republicana meios de sobrevivência até à Segunda Guerra Mundial UR - https://shs.cairn.info/revue-sigila-2023-2-page-77?lang=fr&redirect-ssocas=7080 ER -